sábado, 2 de maio de 2009

MÃE, para sempre !


Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?

Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.

Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?

Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:

Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 29 de abril de 2009

CRISTO, BOM PASTOR, neste tempo...!


Na linguagem dos homens de hoje, na vida da Igreja, qual será a imagem mais concreta, actualizada, desta Palavra de Cristo:
“EU SOU O BOM PASTOR"?
Se vivemos num contexto diferente, se em vez de pastores e ovelhas, o mundo vive a era das máquinas, da técnica, da cibernética — como, qual seria a linguagem do Senhor, actualmente, para os homens deste século, deste tempo?
Talvez, quem sabe, (eu acredito mesmo) Cristo diria à multidão que O escuta agora: "Eu sou o bom patrão", "Eu sou o chefe que os sabe ver como pessoas, como homens, como meus irmãos... . "Eu sou o companheiro que trabalho ao vosso lado, que não busca o lucro, mas a promoção, o desenvolvimento, dos que me ajudam na construção de um mundo melhor... "
Se ao menos soubéssemos actualizar a Palavra do Senhor!...
Se, ao menos, não a empurrássemos para o passado, escondendo-a no tempo, deixando-a sem sentido na vida da gente...
Se assim não fosse, quanta razão teríamos para amá-Lo mais e para nos amarmos mutuamente!

Lea

domingo, 26 de abril de 2009

S. NUNO DE SANTA MARIA E FÁTIMA...


Recinto de Oração do Santuário de Fátima tem escultura de São Nuno de Santa Maria.
Em Novembro de 1954, já se encontrava a coroar a colunata do Santuário de Fátima, juntamente com outras três grandes esculturas de santos portugueses (São João de Deus, do escultor Álvaro de Brée; São João de Brito, de António Duarte; Santo António de Lisboa, de Leopoldo de Almeida), a estátua do, então, Beato Nuno de Santa Maria, de mármore de Estremoz, com 3,20 metros de altura.

SÃO NUNO DE SANTA MARIA ÁLVARES PEREIRA, novo Santo Português !


Dom Nuno Álvares Pereira tornou-se o oitavo santo português. À cerimónia de canonização, realizada este domingo em Roma e presidida pelo Papa, assistem cerca de 20 mil pessoas. Bento XVI elogiou a vida do agora São Nuno, o Condestável.


Nuno Álvares Pereira nasceu a 24 de Junho de 1360, provavelmente em Cernache do Bon­jardim, sendo filho ilegítimo de Álvaro Gon­çalves Pereira, Prior do Crato, e de Iria Gonçalves do Carvalhal. Legitimado por de­creto real, pôde receber a educação cavalhei­resca típica dos filhos das famílias nobres do seu tempo. Aos treze anos torna­‑se pajem da rainha D. Leonor, acabando por ser cavaleiro pouco depois. Aos dezas­seis anos casa-se, por vontade de seu pai, com D. Leonor de Alvim, senhora viúva de nobre linhagem de Entre Douro e Minho. Des­ta união nascem três filhos, dois do sexo masculino, que morrem em tenra idade, e uma menina, Beatriz, a qual mais tarde viria a desposar o filho do rei D. João I, D. Afonso, primeiro duque de Bragança.
À morte de D. Fernando I, em 1383, sem ter deixado filhos varões, para ser fiel à ter­ra onde nasceu Nuno tomou o partido do Mestre de Avis, D. João I, pretendente ao trono de Portugal. Nomeado Condestável, isto é, Co­mandante supremo, conduziu o exército português a vitórias sucessivas até à decisiva batalha de Aljubarrota (14/08/1385), que deter­minou a resolução do conflito.
Os dotes militares de Nuno eram acompa­nhados por uma espiritualidade sincera e pro­funda. O amor pela eucaristia e pela Virgem Maria são a trave-mestra da sua vida interior. Assíduo à oração, jejuava em honra da Vir­gem Maria às quartas, sextas, sábados e nas vigílias das suas festas. Assistia diariamente à missa, embora só pudesse comungar por ocasião das maiores solenidades. O seu estan­darte pessoal tem as imagens do Crucificado, de Maria e dos cavaleiros S. Tiago e S. Jorge. Fez construir à sua custa numerosas igrejas e mosteiros, entre os quais o Carmo de Lisboa.
Viúvo desde 1387, Nuno recusa novas núp­cias, tor­nando-se modelo de pureza de vida. Alcança­da a paz, dis­tribui pelos com­panheiros grande par­te dos seus bens e acabou por se desfazer de tudo em 1423, quando decide en­trar no convento carmelita por ele fundado, tomando o nome de frei Nuno de Santa Maria. Impeli­do pelo Amor, abandona as armas e o poder para se revestir da armadura do Espírito re­comendada pela Regra do Carmo: era a opção por uma mudança radical de vida em que sela o percurso da fé autêntica que sempre o tinha norteado. Passou então a dedicar-se a pedir esmola em favor do convento e sobre­tudo dos pobres, os quais continuou sempre a assistir e a servir. Em seu favor organiza a distribuição quotidiana de alimentos, nunca voltando as costas a um pedido. O Condes­tá­vel do rei de Portugal, o Comandante supremo do exército e seu guia vitorioso, o fundador e benfeitor da comunidade carmelita, ao en­trar no convento recusa todos os privilégios e assume como própria a condição mais hu­milde, dedicando-se totalmente ao serviço do Senhor, de Maria – a sua terna Padroeira que sempre venerou –, e dos pobres, nos quais reconhece o rosto de Jesus.
O dia da morte de frei Nuno de Santa Maria foi o domingo de Páscoa, 1 de Abril de 1431, passando imediatamente a ser reputado de “santo” pelo povo, que desde então o come­ça a chamar “Santo Condestável”.
Beatificado por Bento XV em 23 de De­zembro de 1918, vai ser inscrito no álbum dos Santos no dia 26 de Abril de 2009.
Aprendamos com S. Nuno a ser santos. E seremos também melhores cidadãos.
Fonte: Boletim Paroquial "Igreja Viva" da paróquia de S. Lourenço de Ermesinde,
3º Domingo da Páscoa, 2009

quinta-feira, 16 de abril de 2009

82º ANIVERSÁRIO NATALÍCIO DO PAPA BENTO XVI


Faz hoje, 16 de Abril de 2009, 82 anos de vida o Papa Bento XVI.
Que Deus o ilumine no governo da Igreja de Cristo e o cumule de bençãos.
Que tenha uma longa e fecunda Vida, dom de Deus.
Parabéns.

domingo, 12 de abril de 2009

CRISTO RESSUSCITOU, ALELUIA, ALELUIA !


Oh ! breve engano do mundo,
Em que os meus olhos confundo,
Cegos à Eterna alegria:
-Chamo noite à Madrugada!
E julgo a vida acabada
Onde a Vida principia...

domingo, 5 de abril de 2009

sábado, 4 de abril de 2009

Ninguém te ama como Eu ! (Jesus Cristo)

Para ouvir este video deverá colocar em pausa a música do blog ao lado esquerdo, no player.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

QUARESMA, tempo de mudança !


Se eu mudasse a minha maneira de proceder
para com os outros...
teria mais amigos.

Se eu aceitasse a todos como são...
sofreria menos.

Se eu compreendesse que todos cometem erros...
seria mais humilde.

Se eu procurasse sempre o bem-estar dos outros...
seria mais feliz.

Se eu tivesse mais em conta os meus defeitos...
seria mais compreensivo.

Se eu confiasse mais em Deus e fosse
menos auto-suficiente...
aprenderia a viver.

Tu não podes modificar o mundo...
Mas podes modificar-te a ti mesmo!

sábado, 7 de março de 2009

TERÇO JUNTO À CRUZ


1º Mistério
— Ao meditar este terço junto à cruz, o nosso primeiro olhar tem de ser para o Crucificado: quem é Ele? Porque é que está neste estado? Porquê esta dolorosa carnificina? O Justo, o Santo por excelência, o Verbo do Pai feito carne no seio da Senhora, o Homem perfeito e sem mancha, é Ele o crucificado. Ali está de mãos e pés cravados, ali está feito pecado, feito verme da terra, ensanguentado, desfeito de dor. Ali está Aquele que assumiu as culpas e foi ferido por causa das nossas iniquidades, Aquele que carregou as nossas faltas e sofre pelos pecadores. É Ele, Deus e Homem, filho de Deus e filho de Maria, que é a vítima redentora. E tudo é vivido e assumido por amor, com um amor apaixonado aos homens, a cada homem e à humanidade inteira.
Agradeçamos tanto amor, peçamos a graça duma maior fidelidade.

2º Mistério
— Continuamos, neste segundo mistério, a contemplar o Crucificado. Não há parte sã no seu corpo, é uma chaga dos pés à cabeça. Quer respirar e quase que não pode; quer falar, faltam-lhe as forças. Ali está Jesus, louco de amor, feito Cordeiro imolado para redenção dos homens. Olhemos para Ele e oiçamo-1'0 dizer: Tenho sede. Tem sede de nós, da nossa fidelidade, do nosso amor, da nossa entrega. Tem sede dos homens, dos pecadores que se condenam apesar da sua morte. Tem sede de Judas que na mesma manhã se enforca e morre. Tem sede daqueles que Lhe negam o amor, a entrega, a fidelidade, o coração.
Oiçamos este grito do alto da Cruz e procuremos matar a sede do Senhor.

3º Mistério
— Junto à Cruz estão várias pessoas, desde os soldados, ao centurião, muitos judeus, gente que passa, pára e admira. Mas estão três pessoas que nos podem acompanhar: sua Mãe, o discípulo João e Madalena. São três pessoas que O amam, cada uma de modo diferente, mas com amor sincero, profundo. Maria, a Mãe, olha para Jesus, o fruto bendito de seu ventre, sofre a espada de dor, mas com ânimo materno, oferece a Vítima e oferece-se com Ela. A Senhora das Dores, a Mãe Desolada, a Mãe do Crucificado sofre o auge da dor, mas não deixa de amar, de renovar o seu «sim», de se oferecer com Jesus, para que o mundo seja salvo. Ama os homens, seus filhos, quer salvá-los, quer colaborar na redenção.
Aprendamos com Maria, sejamos presença junto de Jesus para ajudar a salvar o mundo.

4º Mistério
— Neste mistério fixemo-nos em S. João que, junto à cruz, olha Jesus, sofre com Ele, é o único discípulo que está presente. João é símbolo da verdadeira amizade, daquele que foi capaz de acompanhar o Mestre até ao fim. João é figura da Igreja, da Esposa, pois no amor de João é toda a Igreja que ali está. Ao olhar Jesus, João recorda o momento do primeiro encontro, recorda os milagres, os discursos, a amizade do Mestre. E vai ouvir uma palavra consoladora: João, eis aí a tua Mãe; Mulher, eis aí o teu filho (cf. Jo 19, 27). E Nossa Senhora torna-se Mãe da humanidade inteira. João é figura de todos os homens. E como diz o Evangelho, João leva Nossa Senhora para sua casa (cf. Jo 19, 27). Ficou com este precioso tesouro.
Acolhamos a Senhora, fiquemos com Ela em nossa casa, no nosso coração.

5º Mistério
— Madalena também está junto à cruz. Pecou muito, foi apanhada em adultério, mas, perdoada pelo amor misericordioso do Mestre, sente-se livre, amada, convertida. Jesus amou-a tanto quando lhe perdoou que ela agora não pode faltar, tem de Lhe fazer companhia. E vai ouvir, com os outros, nova palavra de perdão: Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem. E recorda o perdão que recebeu e que a libertou. E vai ouvir dizer ao ladrão arrependido: Hoje, estarás comigo no paraíso. Madalena deixa ecoar em si este perdão, esta apaixonada misericórdia de Deus e vai recordá-la e cantá-la sem cessar. Jesus Crucificado é o Deus da misericórdia, é o Senhor dos perdões. Madalena, e cada um de nós, ao acolher esse amor, converte-se, transforma-se. É isso que o Crucificado mais deseja. Peçamos essa graça.