DESIGNAÇÃO ACENTUA LIGAÇÃO DO SANTUÁRIO AO PAPA, CONSIDERA REITOR
Fátima, Santarém, 13 Ago. 2012 (Ecclesia) – O Vaticano, através da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, concedeu o título de “Basílica” à igreja da Santíssima Trindade, dedicada em 2007 no Santuário de Fátima, revelou este domingo o bispo diocesano.
D. António Marto, responsável pela diocese de Leiria-Fátima, considera que a designação, atribuída após pedido formal endereçado pelo prelado em fevereiro de 2011, vai dar “maior visibilidade" à mensagem das aparições da Cova da Iria, refere uma nota de imprensa enviada à Agência ECCLESIA.
O Santuário recebeu a notícia “com grande alegria”, sublinha o seu reitor, padre Carlos Cabecinhas, acrescentando que a concessão do título de Basílica a uma igreja evidencia “o vínculo de especial comunhão com o Papa”.
O padre Carlos Cabecinhas lembra que as crianças que testemunharam as aparições da Virgem Maria entre Maio e Outubro de 1917, Lúcia e os beatos Francisco e Jacinta, manifestaram uma “especial comunhão com o Papa, que se concretizava sobretudo na oração”.
O Papa “ocupa um lugar de grande importância na terceira parte do segredo de Fátima, dado a conhecer em 2000”, acentua também o reitor, que recorda as visitas ao santuário de Paulo VI, em 1967, de João Paulo II, por três vezes, e de Bento XVI, em 2010.
“Rezar pelo Santo Padre e pelas suas intenções tornou-se parte integrante da própria mensagem e prática diária no Santuário, frisa o responsável, para quem o título de “Basílica” implica um “convite” aos peregrinos da Cova da Iria a intensificarem a oração pelo Papa.
O principal impulsionador da construção da igreja da Santíssima Trindade, monsenhor Luciano Guerra, reitor do Santuário entre 1973 e 2008, considera que o espaço “responde bem à necessidade urgente que tem o povo de Deus de se concentrar no essencial”, que é a Santíssima Trindade, “mistério de Deus, uno e trino”.
Em entrevista à Sala de Imprensa do Santuário, o anterior reitor nota que a atribuição do título, concedida “pouco tempo” após a dedicação, prova que a igreja era “muito conveniente”, ainda que tenha sido “objecto de bastante controvérsia, por motivos vários, e talvez também pela sua aparente neutralidade arquitectónica”.
“Basílica” é o título concedido pela Santa Sé a algumas igrejas pela sua antiguidade ou por serem centros de peregrinações.
Há “basílicas maiores” e “basílicas menores”, de que são exemplo, em Portugal, a dos Mártires, em Lisboa, a Real, de Castro Verde, e a de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, perto do local onde se situa a igreja da Santíssima Trindade.
A palavra “basílica”, com origem nos termos gregos “basileus” (rei) e basilikos (real), era utilizada em Roma para designar grandes edifícios de reunião, como tribunais e átrios onde se celebravam os contratos.
A partir do século IV as grandes igrejas cristãs adoptaram a forma arquitectónica basilical.
Fonte: Agência Ecclesia
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