1. Já longe vai o ano de 1926 quando o cónego Dr. Manuel Formigão criou a “Associação de Nossa Senhora do Rosário” cuja finalidade era ajudar os seus membros a “conhecer, viver e difundir a Mensagem de Fátima”. Passados dois anos o Senhor Bispo de Leiria transformou-a na Confraria de Nossa Senhora do Rosário de Fátima” aprovando os seus Estatutos. A 20 de Abril de 1934, o Episcopado português reunido em Assembleia-Geral no Santuário de Fátima, aprova os primeiros Estatutos que transformam esta Confraria na “Pia União dos Cruzados de Fátima” como obra auxiliar da Acção Católica Portuguesa. O jornal “Voz da Fátima” era o seu órgão oficial.
2. Um período de longo trabalho, reflexão e diálogo precedeu a renovação dos Estatutos da Pia União. Foram apresentados à Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa que os aprova a 5 de Julho de 1984, alterando a sua denominação para “Movimento dos Cruzados de Fátima”.
3. Oração, Peregrinos e Doentes são Campos de Pastoral que o Movimento assume ao procurar entender os pedidos de Nossa Senhora em Fátima e as manifestações dos primeiros peregrinos que acorriam à Cova da Iria. Proposta a “todos os membros do Povo de Deus” cria no seu seio um Sector Jovem, um dos “ramos mais fecundos da renovação ambicionada” e estimula experiências no “Sector dos Mais Novos”.
4. A organização de grupos paroquiais, então chamados “trezenas”, que proporcionem aos seus membros um crescimento humano e espiritual, a estruturação a nível paroquial, diocesano e nacional traduzem o novo conceito “Movimento”. Plena inserção das estruturas paroquiais do Movimento na pastoral da Paróquia e das suas estruturas diocesanas na pastoral da Diocese, colaboração activa com outros Movimentos, em estreita ligação com a hierarquia, manifestam o seu sentido eclesial.
5. Já nada era como antes. Não obstante dificuldades várias, como a falta em alguns locais de estruturas paroquiais ou diocesanas coerentes com as necessidades da Igreja actual, sentia-se vida. Vida como aquela que só o Espírito dá em tudo o que toca. Lançamento de actividades com vista à intensificação da oração (terço, primeiros sábados, adoração eucarística, etc.), peregrinações cada vez mais vividas, apoio aos peregrinos a pé, apoio à organização de Retiros para Doentes em Fátima, trabalho organizado com jovens, sua formação e acolhimento na “Casa do Jovem”, são apenas alguns exemplos de actividades que têm vindo a ganhar peso de ano para ano. Tão grande, que o pedido de alteração do seu nome, de “Movimento dos Cruzados de Fátima” para “Movimento da Mensagem de Fátima”, surge espontaneamente no Conselho Nacional de 1994 como “um grito para uma nova era”, aceite de imediato pela Conferência Episcopal na sua Assembleia Plenária, que seria também convidada a pronunciar-se em relação a uma nova proposta de Estatutos apresentada.
6. O novo texto de Estatutos, aprovado em 23 de Setembro de 1997, não entra em contradição com o espírito, objectivos e finalidade que estiveram na génese desta Associação de Fiéis à qual pertencemos. Pelo contrário, procura seguir as suas aspirações mais genuínas: “corresponder o melhor possível aos pedidos que Nossa Senhora fez a toda a humanidade em Fátima e aos novos desafios da evangelização, iluminado pelos ensinamentos da Igreja na qual se insere plenamente, tomando como experiência válida tudo o que de melhor fizeram os que nos antecederam”.
7. Nossa Senhora em Fátima comunicou-nos uma Mensagem simples que “contém uma verdade e um chamamento que, no seu conteúdo fundamental, são a verdade e o chamamento do próprio Evangelho” (João Paulo II, Fátima, 13 de Maio de 1982). Esta é a proposta do Movimento da Mensagem de Fátima que, afinal, não exige a ninguém nada mais do que “ser cristão no seu mundo e em Igreja”.
8. Rezemos e peçamos a Deus, por intercessão de Nossa Senhora, as maiores bênçãos dos céus para todos os membros desta obra que é dela, em especial pelos escolhidos para orientar o Movimento na entrada do novo milénio.
Eng.Henrique Franco
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