Cidade
do Vaticano, 26 Fev. 2016 (Ecclesia) – O Papa classificou hoje a caridade como
uma atitude “mais precisa do que nunca” no mundo, numa audiência com os
participantes de um congresso dedicado aos 10 anos da encíclica “Deus caritas
est”.
Segundo
a sala de imprensa da Santa Sé, durante o encontro no Vaticano, Francisco
enalteceu o esforço que a Cáritas e outras organizações solidárias católicas
têm feito no mundo no sentido de “garantir aos mais pobres uma vida mais digna
e humana”.
Um
trabalho “essencial, não pelas palavras mas por um amor concreto que pode levar
cada pessoa a sentir-se amada por Deus”, frisou o Papa argentino.
No
congresso em Roma estão presentes representantes de vários países das conferências
episcopais e de organismos caritativos da Igreja, incluindo a directora da
Cáritas de Cabo Verde, Marina Almeida Costa, para além de responsáveis de
organismos da Santa Sé.
A
todos o Papa recordou que “o ato de caridade não é simplesmente dar uma esmola
para aliviar a consciência” mas sim “o centro de toda a vida católica”.
Quanto
mais vivermos neste espírito, mais autênticos seremos como cristãos”,
acrescentou.
Francisco
frisou também que “a caridade é o
primeiro e o maior dos mandamentos” e que, a par da “misericórdia”, ela é o
gesto que melhor demonstra a relação que Deus construiu e quer continuar a
construir com os homens.
“Deus
não tem apenas o desejo ou a capacidade de amar, Deus é amor: a caridade é a
sua essência, a sua natureza. Assim, devemos olhar para a caridade divina como
um compasso que marca o ritmo da nossa vida. Através da caridade, aprendemos a
olhar para os nossos irmãos e irmãs no mundo”, complementou.
Organizado
pelo Conselho Pontifício “Cor Unum”, organismo da Santa Sé que coordena a acção
das instituições católicas ligadas à área social e humanitária, o congresso que
decorreu entre quinta e sexta-feira serve para assinalar os 10 anos da encíclica
“Deus caritas est”, escrita pelo Papa Bento XVI.
Um
documento que “recordou que a caridade precisa de estar cada vez mais
reflectida na obra da Igreja Católica”, disse o Papa argentino, enfatizando a
oportunidade que o Jubileu da Misericórdia também deve representar para que
todos os cristãos.
Para
que façam da caridade o centro “da sua vida e do seu testemunho, o centro da
proclamação de toda a fé”, concluiu.