O Ano de 2011 será o “Ano Europeu das actividades voluntárias que promovam uma cidadania activa”, por decisão do Conselho de Ministros da União Europeia em Novembro de 2009.
Este centrar de atenções na questão social será importante pelas dificuldades económicas e consequente degradação social que se antevêem para este novo ano, ainda agora começado.
Assim há que repensar o voluntariado nas suas motivações e organização, bem como “ressuscitar com novo vigor o voluntariado de proximidade” – defende Eugénio Fonseca (presidente da Confederação Portuguesa de Voluntariado).
Também é dado e sabido que nos tempos que correm está na moda este tipo de actividades. Contudo, urge estarmos motivados pelas razões certas, pelo dom da gratuidade e serviço.
Ou então cairemos num voluntarismo de auto projecção e alimentador do ego.
O momento socioeconómico actual seria ainda mais doloroso se este tipo de serviço e entrega desaparecesse e toda a miséria saltasse do quarto para a rua…
O voluntário é “imprescindível” nesta nova configuração da sociedade.
Estes factores colocam aos cristãos de hoje novos desafios no campo do apoio social aos mais excluídos e sós, que jazem nesta condição por não terem número para o reino dos números.
Tão diferente do Reino do Pai, onde cada um é único e amado como tal!
O voluntário cristão é assim chamado ao encontro com o outro, não apenas movido pelo dever cívico para com um concidadão, mas movido pela obrigação natural decorrente da fraternidade que parte ao encontro do irmão.
Assim somos chamados a fazer deste “Ano Europeu das Actividades Voluntárias” um acontecimento real e frutificador na área sócio-caritativa.
Não nos deixemos embriagar por mais uma festa ou números para a estatística mostrando o quão caritativos somos.
Apenas sejamos activos e disponíveis!