Pode parecer curioso que uma oração tão simples como a do Rosário seja associada aos Dominicanos de modo bem particular. Raramente pensamos nos Dominicanos como sendo pessoas simples. Porém, nós lutamos muito para conservar o Rosário. Ele pertence-nos, sem qualquer herança. (...)
Mas por que será que esta oração tão simples é tão preciosa para os Dominicanos? Talvez porque no cerne da nossa tradição teológica, reside uma inspiração que nos leva à simplicidade. São Tomás de Aquino dizia que nós podemos compreender Deus, porque Deus é perfeitamente simples. (...)
Mas por que será que esta oração tão simples é tão preciosa para os Dominicanos? Talvez porque no cerne da nossa tradição teológica, reside uma inspiração que nos leva à simplicidade. São Tomás de Aquino dizia que nós podemos compreender Deus, porque Deus é perfeitamente simples. (...)
Devemos desfazer-nos da falsa simplicidade existente, que provém da mania que algumas pessoas têm, de simplificar factos, tendo sempre respostas para tudo e que pensam tudo saber, antes mesmo de conhecer a realidade. Estas pessoas, ou são muito preguiçosas ou são incapazes de pensar. Mas existe a verdadeira simplicidade, a do coração, a simplicidade dos olhares puros e claros. Nós chegaremos a esta categoria, lentamente, com a graça de Deus, aproximando-nos da ofuscante simplicidade de Deus. O Rosário é simples, de facto, e bem simples. Mas sua simplicidade é dócil, sensata e profunda, como aspiramos, e nela encontraremos a paz.