domingo, 26 de julho de 2009

MISSA NOVA DO PADRE SAMUEL FÉLIX !

Depois da ordenção presbiteral ocorrida na Sé Catedral do Porto em 12 de Julho passado, o neo sacerdote P. Samuel, após quatro anos em que serviu a comunidade de Ermesinde, celebrou a sua Missa Nova neste sábado dia 25 de Julho. A igreja estava quase cheia de membros desta família católica e não só. Uma bela celebração, com um grupo coral que com brilho ajudou a tornar a celebração muito festiva. A comunidade acolheu o Padre Samuel numa estrondosa salva de palmas à sua entrada. Era visível a alegria do P. Samuel. A comunidade mostrou-se grata ao agora sacerdote, que com humildade e delicadeza esteve durante este tempo na vida desta grande paróquia. Era também notada a alegria do pároco de Ermesinde - P. Peixoto. Na sua homilia simples mas bela o Padre Samuel falou da misericórdia de Deus e das qualidades com que quer pautar o seu sacerdócio e recorrendo ao apóstolo Paulo lembrou - paciência, humildade, misericórdia, bondade... Foi uma bela celebração neste dia em que o calendário litúrgio nos apresenta a figura de S. Tiago, apóstolo.
No final muitos, quase todos, no tradicional beijar as mãos ao novo sacerdote, o quiseram fazer e todos o saudaram com muito carinho e amizade.
E o rosto do P. Samuel espelhava uma grande felicidade.
Parabéns P. Samuel por ter dito sim ao Senhor e assim se tornar um trabalhador da Sua messe imensa.
Postal com o lema escolhido pelo P. Samuel para o seu sacerdócio.
Ao Padre Samuel, o Movimento da Mensagem de Fátima de Ermesinde, deseja um fecundo e feliz sacerdócio ministerial.

terça-feira, 21 de julho de 2009

EUCARISTIA "escola de santos"...


No âmbito do programa da Peregrinação Nacional do Movimento da Mensagem de Fátima, nos dias 18 e 19, a Eucaristia da noite do dia 18, celebrada às 23:00, na Igreja da SS. Trindade, foi presidida por D. Antonino Dias, Bispo de Portalegre-Castelo Branco.

Homilia, na íntegra:

Estamos a celebrar a Eucaristia. A Eucaristia é uma acção de louvor e agradecimento. Estamos O tema desta Peregrinação é “O Pequeno Francisco, adorador de Jesus Eucaristia”.
Francisco era uma criança, humilde como todas as crianças e sem pretensões. Sabia aceitar a sua pequenez de criança e a sua impotência diante da vida. Sente-se dependente de seus pais para sobreviver. Sabe que é criança e reconhece-se como tal.
E Jesus revela-se a este pequenino, a Francisco, simples e agradecidos a Deus pelo dom do Seu Filho e porque esse Filho, Jesus Cristo, nos amou de tal forma que deu a vida por nós. Por nós morreu e ressuscitou. Agradecidos, queremos dar graças, “anunciando a Sua morte, proclamando a Sua ressurreição e esperando a Sua vinda”.
Este Deus que se revela em Jesus de Nazaré, não é um Deus à medida do homem, nem segundo a lógica humana. É o Deus que, por amor do homem, se faz homem. Um homem-Deus que não se coloca em bicos de pés para dar nas vistas, mas se despoja de si próprio, assumindo a condição de servo para servir e libertar. Um Deus que se ajoelha para lavar os pés aos discípulos, se entrega e morre por todos, em fidelidade e obediência ao Pai, em atitude de amor que perdoa e salva.
Só os “pequenos”, os que se tornarem como crianças, os humildes é que poderão compreender os mistérios deste Deus, desconcertante e surpreendente nos seus gestos de amor como, aliás, nos lembravam as leituras que ouvimos.

Desde as aparições do Anjo que a devoção à Santíssima Eucaristia foi para ele um ponto de honra e de fé cada vez mais comprometida com Jesus e a salvação dos pecadores. Passava longas horas diante do Sacrário.

É Lúcia que o escreve nas suas memórias. Assim:
“Quando ia à escola, por vezes, ao chegar a Fátima, dizia-me:
- Olha: tu vai à escola. Eu fico aqui na Igreja, junto de Jesus escondido. Não me vale a pena aprender a ler; daqui a pouco vou para o Céu. Quando voltares, vem por cá chamar-me. (…)
Depois que adoeceu, dizia-me, às vezes, quando, a caminho da escola, passava por sua casa:
- Olha: vai à Igreja e dá muitas saudades minhas a Jesus escondido. Do que tenho mais pena é de não poder já ir a estar uns bocados com Jesus escondido” (MIL IV, nº 12, p. 141).

Como sabemos, um grande desejo de Francisco era receber a Sagrada Comunhão e insistia com a prima para que ela fizesse diligências nesse sentido. E um dia, entre outros, quando Lúcia se dirigia para a igreja paroquial, recomendou-lhe:
“Olha: pede-Lhe para o Senhor Prior me dar a Sagrada Comunhão.”
E quando a Lúcia chegou a casa, ele pergunta-lhe:
- Pediste a Jesus escondido para o Senhor Prior me dar a Sagrada Comunhão?”. (MIL IV, nº 17, p. 146).
Como ela lhe dissesse que sim, ele prometeu agradecer-lhe pedindo por ela no Céu.

Mas as coisas pioravam para o lado de Francisco. A pneumónica bateu-lhe à porta. E no esvaírem-se das suas forças perante o avanço da doença, ele não desistia.
- “Ó pai, queria receber o Pai do Céu antes de morrer – dizia baixinho.
- Já vou tratar disso – respondia o Senhor Marto, cujo coração chorava quase sem consolo, não só na certeza de que ia perder o filho, mas também no receio de que mais uma vez o Senhor Prior lhe negasse “o Jesus escondido”.
Enfim, Francisco, depois de ter recebido a Sagrada Comunhão dada pelo Anjo, sempre acabou por receber, de novo, e pela última vez, a Sagrada Comunhão. E num momento de muita ternura e sofrimento disse a Jacinta: “Hoje sou mais feliz do que tu, porque tenho dentro do meu peito a Jesus escondido…”.

A preparação cuidada que ele fez para receber Jesus Eucaristia pedindo inclusive a Jacinta e a Lúcia que o ajudassem a lembrar os seus pecados é de um encanto extraordinário a contrapor-se ao laxismo com que hoje tantas vezes nos aproximamos da sagrada Comunhão…

Caros Fiéis,
A Eucaristia foi, é e será “escola de santos”. E se quiséssemos lembrar outra pessoa apaixonada pela Eucaristia, bastar-nos-ia recordar Alexandrina de Balasar, a serva humilde e simples, sofredora e alegre, despojada e pobre, atenta e dedicada, generosa e feita oblação ao Senhor, que viveu dominada pelo “ideal eucarístico” e se tornou “verdadeira intérprete da verdadeira piedade eucarística”.
“Dou-vos graças, Eterno Pai, por haverdes deixado a Jesus no Santíssimo Sacramento”, rezava ela. “A minha loucura é a Eucaristia” e “eu queria que o meu coração fosse uma lâmpada sempre a arder em cada um dos vossos sacrários”. “Pertence-me esta missão: dar almas a Jesus, viver alerta na Eucaristia, alerta sempre, alerta com Jesus. Como borboleta em volta da chama, como pastor vigilante pelo seu cordeiro”.

O Jesus escondido de Francisco, era o Jesus escondido de Alexandrina presente no sacrário da sua igreja paroquial. Como nos lembram os seus biógrafos, para além do testemunho, ela deixou-nos um património imenso de orações a demonstrar o seu grande amor aos sacrários de todo o mundo, num coração cheio de amor simples, comprometido com a sorte dos outros, abrangente e universal.
Recordemos algumas:
“Meu Jesus, eu quero que cada dor que sentir, cada palpitação do meu coração, cada vez que respirar, cada segundo das horas que passar, sejam actos de amor para os vossos sacrários…
Eu quero que cada movimento dos meus pés, das minhas mãos, dos meus lábios, da minha língua, cada vez que abrir os meus olhos ou fechar, cada lágrima, cada sorriso, cada alegria, cada tristeza, cada tribulação, cada distracção, contrariedade ou desgosto, sejam actos de amor para os vossos sacrários…
Eu quero que cada letra das orações que reze, que ouça rezar, cada palavra que pronuncie ou oiça pronunciar, que leia ou oiça ler, que escreva ou veja escrever, que cante ou oiça cantar, sejam actos de amor para os vossos sacrários…
Eu quero que cada beijinho que vos der nas vossas imagens, nas da vossa e minha querida Mãezinha, nos vossos santos e santas, sejam actos de amor para os vossos sacrários…
Ó Jesus, eu quero que cada gotinha de chuva que cai do céu para a terra, que toda a água que o mundo encerra, oferecida às gotas, todas as areias do mar e tudo o que o mar contém, sejam actos de amor para os vossos sacrários…
Eu vos ofereço as folhas das árvores, todos os frutos que elas possam ter, as florzinhas, oferecidas folhinha a folhinha, todos os grãozinhos de sementes e de cereais que possa haver no mundo e tudo o que contém os jardins, campos, prados e montes, ofereço tudo como actos de amor para os vossos sacrários…
Ó Jesus, eu Vos ofereço as penas das avezinhas, o gorjeio das mesmas, os pelos e vozes de todos os animais, como actos de amor para os vossos sacrários…
Ó Jesus, eu Vos ofereço o dia e a noite, o calor e o frio, o vento, a neve, a lua, o luar, sol, a escuridão, as estrelas do firmamento, o meu dormir, o meu sonhar, como actos de amor para os vossos sacrários…
Ó Jesus, eu vos ofereço tudo o que o mundo encerra, todas as grandezas, riquezas e tesoiros do mundo, tudo o que se passar em mim, tudo quanto tenho costume de oferecer-Vos, tudo quanto se possa imaginar, como actos de amor para os vossos sacrários…
Ó Jesus, aceitai o céu e a terra, tudo, tudo quanto neles se encerra, como este tudo fosse meu e de tudo pudesse dispor e oferecer-Vos, como actos de amor para os vossos sacrários…”.
Sendo a Eucaristia que constrói uma comunidade viva e dinâmica, o Sacrário é o coração da mesma, é o ponto de encontro e de descanso, de unidade e de comunhão, de paz e de tensão, de partida e de convergência. Por isso, a restauração dos Lausperenes, a adoração do SS. Sacramento com crianças e jovens, a Bênção do SS. Sacramento, as visitas ao SS Sacramento, a comunhão aos doentes… são também o segredo duma Evangelização séria e eficaz: Jesus Cristo, vivo e presente, sem O qual não teremos a Vida em nós e nada poderemos fazer.

Karl Rahner lembrava que “a Igreja tem necessidade de redescobrir a relação íntima que existe entre a Eucaristia e a vida dos homens, mostrando que a assembleia eucarística se prolonga numa espécie de liturgia da vida quotidiana...”.
Ontem como hoje. O Santuário de Fátima continua no seu posto como Altar do Mundo. Multidões aqui chegam, de perto e de longe, com fé e devoção (ou sem elas). Uns, com dores no corpo. Outros, com feridas na alma. Neste lugar ecoa o mistério de Deus e a grandeza dos simples e humildes. Este lugar incute esperança, faz-nos assumir atitudes de vida que libertam e salvam, aponta para a grandeza da vida e o valor da cruz. Proporciona-nos um encontro íntimo com Cristo na riqueza bela do silêncio e da paz.

Aqui, avivamos a nossa fé em Jesus Cristo, pão vivo descido do Céu para a vida do mundo, a entrega mútua, de Cristo á Igreja, da Igreja a Jesus Cristo Seu Senhor, de ambos ao Pai, para louvor da Santíssima Trindade e redenção do mundo.
Aqui, ao olhar para os Pastorinhos, contemplamos a eucaristia “fonte e centro de toda a vida cristã” (LG, 11). Deixamos nascer em nós o gosto da oração contemplativa perante o SS. Sacramento como fonte de santificação, de fecundidade apostólica, de compromisso solidário.
Aqui nasceu e daqui parte o Movimento da Mensagem de Fátima que vive e promove a Mensagem de Nossa Senhora de Fátima. Mensagem que é eminentemente eucarística desde as aparições do Anjo até hoje. Não desanimem na expansão da Mensagem no que ela tem de central e procurem-no fazer sem sentimentalismos estéreis nem pieguices que afastam. Que as nossas comunidades saibam descobrir na Eucaristia celebrada, vivida e adorada o centro da vida espiritual de cada um, a fonte da vitalidade apostólica, o segredo da união familiar como comunidade de vida e de amor, o crescimento eclesial da comunidade paroquial que vai aprendendo a encontrar na Eucaristia e no Sacrário a meta para onde tudo deve convergir e donde tudo deve partir.
Fazer da Adoração Eucarística uma escola de oração “é um serviço pastoral importante que cada paróquia deve promover como sendo uma prioridade”.
Que o Senhor abençoe o vosso trabalho de responsáveis nacionais, diocesanos e paroquiais. Que os sacrários das nossas igrejas sejam o coração das nossos paróquias e da actividade pastoral de cada um de nós.

Santuário de Fátima, 18 de Julho de 2009
+Antonino Dias, Bispo de Portalegre-Castelo Branco
Fonte: Santuário de Fátima

PEREGRINAÇÃO AO SANTUÁRIO DE FÁTIMA DO MOVIMENTO DA MENSAGEM DE FÁTIMA DE ERMESINDE !

Aconteceu em 18 e 19 de Agosto mais uma peregrinação nacional do Movimento da Mensagem de Fátima.
De Ermesinde saíram, junto à Igreja Matriz, pelas 8 horas da manhã, dois autocarros com 84 peregrinos, sendo que um deles havia ido à Travagem servir os peregrinos que lá costumam tomar o transporte há já alguns anos.
Apesar da faixa etária algo elevada todos e todas iam cheios de vontade e alegria ao encontro de Nossa Senhora, para por Ela se encontrarem com o Senhor.
A Lurdes (Lita) a Elisabete e a Ana (apesar de doente), incansáveis Mensageiras de Fátima lá iam dando uma preciosa ajuda nos autocarros e mais adiante parava um deles para apanhar um passageiro que levava consigo o estandarte do Movimento.

Primeira paragem em Antuã para o pequeno-almoço.
E se antes de Antuã se havia já feito a oração da manhã, após a paragem e já com o estômago mais composto foi a vez do Terço em louvor de Nossa Senhora.
Todos participarem, orando e cantando.
Lembraram-se os familiares, os doentes e os que pelas mais diversas razões não nos acompanhavam em mais esta peregrinação.
Chegada ao Santuário, Hotel de Santa Maria, bem a tempo de com calma tudo se fazer com tranquilidade – tirar as malas e entregar as chaves de cada quarto aos utilizadores.
É chegada a hora do almoço e aí como sempre antes do repasto a oração ao Senhor agradec
endo o alimento à disposição.
É muito belo ver peregrinos, alguns deles já idosos e com dificuldades, todos se porem de pé para em comum rezarmos.
Um bela refeição com o diálogo que à mesa é possível e desejável.
No final como sempre o agradecimento a Deus que nos sacia com o pão-nosso de cada dia.
De seguida partimos uns para a Capelinha das Aparições, outros para o Ce
ntro Pastoral Paulo VI onde iria decorrer o início da peregrinação propriamente dita no Santuário.
Ali decorreu um belo momento de oração e canto lembrando o pastorinho Francisco e a sua grande devoção ao Jesus escondido como dizia o petiz. Um Frei cantou e encantou todos com as belas melodias, onde se falava do silêncio e da vida do pequeno Francisco – tema da peregrinação deste ano. Com uma voz muito melodiosa e pujante o Frei levou-nos a todos até ao fim terminando com uma canção onde a frase do texto da carta aos Coríntios aparecia no refrão - ainda que…. se não tiver amor – sou nada. E assim é… o Francisco tinha AMOR À EUCARISTIA. O desafio é hoje para nós – sermos mensageiros desse Amor à Eucaristia.

Terminado reste momento partimos em direcção á Capelinha das Aparições onde saudamos Nossa Senhora do Rosário de Fátima. Nós devemos ser as rosas que Ela quer, não as rosas dos ramos que lá deixamos.
Seguiu-se o jantar – mais um momento de encontro e diálogo entre todos.
E veio a noite… É tempo da Luz, que nos recorda o Baptismo – o Rosário cantado e iluminado com as nossas velas acesas ao alto como que a enviarmos para Deus a nossa oração. Vivemos de seguida a Procissão com a imagem de Nossa Senhora e os cânticos já bem sabidos de todos - Avé de Fátima, Senhora um dia descestes…
De seguida celebramos o mais importante e que Ela nos convida a viver – o Fil
ho, na Eucaristia, na bela e ampla Igreja da Santíssima Trindade, com uma bela moldura humana.
Aí, na homilia o Bispo de Portalegre-Castelo Branco D. Antonino lembrava a importância da Eucaristia para o Francisco e recordou outra figura cujo amor à Eucaristia era o mais importante – Alexandrina de Balazar.
Terminada a Eucaristia, por volta das 24h e 10m, é tempo de recolher para a quase totalidade dos peregrinos (face ao ligeiro frio que fazia e idade), mas alguns ainda quiseram reviver o caminho do Amor de Jesus Cristo na Sua Via-Sacra, rumando aos Valinhos. Um belo exercício pela noite que terminaria no alto do Calvário Húngaro pelas 2h 30m, já dia de Domingo.

Dia seguinte – Domingo e após o pequeno-almoço, muito bem servido, aí vamos nós meditar o terço do Rosário e viver a Celebração do Domingo XVI do tempo comum. No altar do recinto, os jovens da Mensagem de Fátima de pólo laranja faziam-se notar pela forma digna como se apresentavam e pela sua dedicação e consagração à Mensagem de Fátima. Na procissão de entrada as bandeiras e estandartes da Mensagem de Fátima faziam-se notar pelo número. Ermesinde também lá estava no estandarte de cor azul, tendo ao meio a imagem de Nossa Senhora de Fátima.
Foi uma bela celebração presidida pelo Bispo de Leiria-Fatima, D. António
Marto, Assistente Geral do MMF que na sua homilia, numa linguagem muito simples, muito humana e de perfeita compreensão para todos dizia a certo ponto – ir a Fátima, peregrinar até lá, não é em busca de emoções e pieguices sem sentido, mas e sobretudo um compromisso com a Mãe e com o nosso Deus que é a Vida. E exortou todos a viverem o silêncio – um exercício de encontro com o nosso Deus que se perscruta na ausência dos ruídos do mundo e nos fala.
O silêncio que nos faz perceber que todos somos chamados a falar de Deus ao mundo tão marcado pela indiferença em relação ao mesmo Deus e ao Seu Amor.
E vem a procissão do adeus à Virgem. E aí sim as emoções o coração alegram-se mas ao mesmo tempo fica um sentimento de nostalgia pelo facto das celebrações vividas estare
m no fim e o regresso ao quotidiano ser uma prioridade. De vós me aparto ó Virgem… uma prece final… viva sempre em minha alma este grito imortal – Ó Fátima adeus…!
E os lenços brancos acenando à Imagem da Virgem. Que momento emocionante e belo!
Com uma lágrima teimosa caindo…
Terminada a bela celebração é altura do almoço e o último convívio à mesa.
Junto como peregrinos e irmãos vivemos um dia e meio de comunhão fraterna, onde a figura da Mãe de Deus – Nossa Senhora do Rosário de Fátima, nos uniu e conduziu a todos até ao nosso Bom e Fiel Deus que a todos acompanha e faz viver.
E sob um calor bem presente saímos de Fátima rumo a casa. Uma o
ração e um cântico final já dentro das camionetas, como filhos e filhas gratos à Mãe e a Deus pelas bênçãos recebidas…
Foi uma bela jornada de fé.

E de regresso a casa o nosso agradecimento aos motoristas – o Sr. Óscar e o nosso velho e conhecido Amigo – Sr. José Maria – dois profissionais.
Um obrigado muito especial ao Acácio pelas fotos que tirou.
Fátima é um espaço privilegiado de encontro connosco próprio, com os irmãos e por Maria com Deus.

Nossa Senhora do Rosário de Fátima rogai por nós.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

GRIPE A (Orientações da Pastoral da Saúde sobre a Gripe A) !


ORIENTAÇÕES PARA AS COMUNIDADES CRISTÃS

Estamos perante a ameaça de uma "pandemia" através de uma doença que se transmite com muita facilidade e já é de todos nós conhecida.
É a GRIPE A ou GRIPE H1N1.

A missão da Igreja, através da Pastoral da Saúde, está em assistir os doentes, mas também em prevenir as doenças, através da educação para a saúde.

O papel do sacerdote e de todos os outros agentes pastorais consiste também em colaborar com a sociedade na prevenção das doenças. O sacerdote, sobretudo se presidir a uma comunidade cristã, é um agente social da maior importância.

Perante a ameaça da GRIPE A, o que fazer?
1. Aconselhar todos os cristãos da sua comunidade a seguirem as orientações dadas pela Direcção Geral da Saúde - Ministério da Saúde, na prevenção desta doença, como sejam:

- Lavar as mãos com água e sabão com muita frequência.

- Se tossir ou espirrar, cobrir a boca e o nariz com um lenço de papel, a deitar fora de imediato.

- Se ficar doente, permanecer em casa.

- Evitar o contacto com pessoas com gripe.

2. Nas celebrações litúrgicas, recomenda-se:

- Aos Ministros da Comunhão, Sacerdotes e Ministros Extraordinários, que purifiquem as mãos com solução anticéptica, antes da distribuição da comunhão.

- Aos fiéis, que quanto possível, recebam a Comunhão na mão e não na boca, aliás segundo prática secular na Igreja.

- A todos, que reduzam o abraço da paz a um pequeno sinal ou inclinação da cabeça sem o contacto físico.

3. Nos templos pede-se também para:

- Manter vazias as "pias de água benta" às portas da igreja, para não as tornar um foco de transmissão do vírus.

- Ter a Igreja suficientemente arejada, sobretudo em atenção ao número de fiéis nas celebrações dominicais.

Deve evitar-se todo o alarmismo, mas é da maior necessidade que a Igreja colabore nos programas de prevenção da Gripe A.

NOTA: Estas orientações não são normas litúrgicas, são sugestões suficientemente claras para prevenir desde já a expansão da pandemia. É um conselho útil e provisório para o tempo de difusão da Gripe A.
Fonte: Agência Ecclesia

domingo, 12 de julho de 2009

PROPOSTAS DO PAPA PARA “CIVILIZAR” A ECONOMIA !



A encíclica Caritas in Veritate, “sobre o desenvolvimento humano integral na caridade e na verdade”, publicada por Bento XVI, apresenta propostas para “civilizar” a economia, em plena crise financeira.

A carta, dirigida pelo Papa “a todos os homens de boa vontade”, nas suas 136 páginas actualiza a doutrina social da Igreja, em particular os ensinamentos das encíclicas Populorum Progressio, publicada por Paulo VI em 1967, e Sollicitudo rei socialis, de João Paulo II, publicada em 1988.

Algumas das frases mais destacadas desta terceira encíclica do pontificado do Papa Joseph Ratzinger.
* * *
--Caridade sem verdade:"Sem verdade, a caridade cai no sentimentalismo. O amor torna-se um invólucro vazio, que se pode encher arbitrariamente. É o risco fatal do amor numa cultura sem verdade." (n. 3)

--Caridade sem Deus:"Um cristianismo de caridade sem verdade pode ser facilmente confundido com uma reserva de bons sentimentos, úteis para a convivência social mas marginais. Deste modo, deixaria de haver verdadeira e propriamente lugar para Deus no mundo." (n. 4)

--A Igreja não faz política:"A Igreja não tem soluções técnicas para oferecer e não pretende ‘de modo algum imiscuir-se na política dos Estados’; mas tem uma missão ao serviço da verdade para cumprir, em todo o tempo e contingência, a favor de uma sociedade à medida do homem, da sua dignidade, da sua vocação." (...) "Para a Igreja, esta missão ao serviço da verdade é irrenunciável". (n. 9)

--O progresso, uma vocação:"O progresso é, na sua origem e na sua essência, uma vocação: ‘Nos desígnios de Deus, cada homem é chamado a desenvolver-se, porque toda a vida é vocação’. É precisamente este fato que legitima a intervenção da Igreja nas problemáticas do desenvolvimento." (n. 16)

--A lição da crise:"A crise obriga-nos a projectar de novo o nosso caminho, a impor-nos regras novas e encontrar novas formas de empenhamento, a apostar em experiências positivas e rejeitar as negativas. Assim, a crise torna-se ocasião de discernimento e elaboração de nova planificação." (n. 21)

--Propriedade intelectual:"Existem formas excessivas de protecção do conhecimento por parte dos países ricos, através duma utilização demasiado rígida do direito de propriedade intelectual, especialmente no campo sanitário." (n. 22)

--Progresso integral: Não é suficiente progredir do ponto de vista económico e tecnológico; é preciso que o desenvolvimento seja, antes de mais nada, verdadeiro e integral. A saída do atraso económico — um dado em si mesmo positivo — não resolve a complexa problemática da promoção do homem." (n. 23)

--Precariedade no trabalho:"Quando se torna endémica a incerteza sobre as condições de trabalho, resultante dos processos de mobilidade e desregulamentação, geram-se formas de instabilidade psicológica, com dificuldade a construir percursos coerentes na própria vida, incluindo o percurso rumo ao matrimónio. Consequência disto é o aparecimento de situações de degradação humana, além de desperdício de força social." (n. 25)

--O homem, primeiro capital:"Queria recordar a todos, sobretudo aos governantes que estão empenhados a dar um perfil renovado aos sistemas económicos e sociais do mundo, que o primeiro capital a preservar e valorizar é o homem, a pessoa, na sua integridade." (n. 25)

--Luta contra a fome:"Eliminar a fome no mundo tornou-se, na era da globalização, também um objectivo a alcançar para preservar a paz e a subsistência da terra. A fome não depende tanto de uma escassez material, como sobretudo da escassez de recursos sociais, o mais importante dos quais é de natureza institucional." (n. 27)

--Vida e desenvolvimento: A abertura à vida está no centro do verdadeiro desenvolvimento. Quando uma sociedade começa a negar e a suprimir a vida, acaba por deixar de encontrar as motivações e energias necessárias para trabalhar ao serviço do verdadeiro bem do homem." (n. 28)

--Desigualdades:"A dignidade da pessoa e as exigências da justiça requerem, sobretudo hoje, que as opções económicas não façam aumentar, de forma excessiva e moralmente inaceitável, as diferenças de riqueza e que se continue a perseguir como prioritário o objectivo do acesso ao trabalho para todos." (n. 32)

--O mercado:"Sem formas internas de solidariedade e de confiança recíproca, o mercado não pode cumprir plenamente a própria função económica. E, hoje, foi precisamente esta confiança que veio a faltar; e a perda da confiança é uma perda grave." (n. 35)
"A sociedade não tem que se proteger do mercado, como se o desenvolvimento deste implicasse esse facto a morte das relações autenticamente humanas. É verdade que o mercado pode ser orientado de modo negativo, não porque isso esteja na sua natureza, mas porque uma certa ideologia pode dirigi-lo em tal sentido." (n. 36)

--Os pobres, uma riqueza:"Os pobres não devem ser considerados um ‘fardo’, mas um recurso, mesmo do ponto de vista estritamente económico." (n. 35)

--Democracia económica:"Na época da globalização, a actividade económica não pode prescindir da gratuidade, que difunde e alimenta a solidariedade e a responsabilidade pela justiça e o bem comum em seus diversos sujeitos e atores. Trata-se, em última análise, de uma forma concreta e profunda de democracia económica." (n. 38)

--A empresa:"Um dos riscos maiores é, sem dúvida, que a empresa preste contas quase exclusivamente a quem nela investe, acabando assim por reduzir a sua valência social." (n. 40)

--Especulação:"É preciso evitar que o motivo para o emprego dos recursos financeiros seja especulativo, cedendo à tentação de procurar apenas o lucro a breve prazo sem cuidar igualmente da sustentabilidade da empresa a longo prazo, do seu serviço concreto à economia real e duma adequada e oportuna promoção de iniciativas económicas também nos países necessitados de desenvolvimento." (n. 40)

--Papel do Estado:"A economia integrada de nossos dias não elimina a função dos Estados, antes obriga os governos a uma colaboração recíproca mais intensa. Razões de sabedoria e prudência sugerem que não se proclame depressa demais o fim do Estado." (n. 41)

--Globalização:"A verdade da globalização enquanto processo e o seu critério ético fundamental provêm da unidade da família humana e do seu desenvolvimento no bem. Por isso é preciso empenhar-se sem cessar por favorecer uma orientação cultural personalista e comunitária, aberta à transcendência, do processo de integração mundial." (...) "A globalização a priori não é boa nem má. Será aquilo que as pessoas fizerem dela." (n. 42)

--Crescimento demográfico:"Considerar o aumento da população como a primeira causa do subdesenvolvimento é errado, inclusive do ponto de vista económico." (n. 44)

--Família:"Torna-se uma necessidade social, e mesmo económica, continuar a propor às novas gerações a beleza da família e do matrimónio, a correspondência de tais instituições às exigências mais profundas do coração e da dignidade da pessoa." (n. 44)

--Ética e economia:"A economia tem necessidade da ética para o seu coreto funcionamento; não de uma ética qualquer, mas de uma ética amiga da pessoa." (n. 45)

--Cooperação internacional:"A cooperação internacional precisa de pessoas que partilhem o processo de desenvolvimento económico e humano, através da solidariedade feita de presença, acompanhamento, formação e respeito. Sob este ponto de vista, os próprios organismos internacionais deveriam interrogar-se sob a real eficácia dos seus aparatos burocráticos e administrativos, frequentemente muito dispendiosos." (n. 47)

--Meio Ambiente:"A natureza está à nossa disposição, não como ‘um monte de lixo espalhado ao acaso’, mas como um dom do Criador que traçou os seus ordenamentos intrínsecos dos quais o homem há de tirar as devidas orientações para a ‘guardar e cultivar’." (n. 48)

--Problemas energéticos:"O açambarcamento dos recursos energéticos não renováveis por parte de alguns Estados, grupos de poder e empresas constitui um grave impedimento para o desenvolvimento dos países pobres." (n. 49)

--Energias alternativas:"Actualmente, é possível melhorar a eficiência energética e fazer avançar a pesquisa de energias alternativas; mas é necessária também uma redistribuição mundial dos recursos energéticos, de modo que os próprios países desprovidos possam ter acesso aos mesmos. O seu destino não pode ser deixado nas mãos do primeiro a chegar nem estar sujeito à lógica do mais forte." (n. 49)

--Solidariedade e educação: "Uma solidariedade mais ampla a nível internacional exprime-se, antes de mais nada, continuando a promover, mesmo em condições de crise económica, maior acesso à educação, já que esta é condição essencial para a eficácia da própria cooperação internacional." (n. 61)

--O relativismo empobrece:"Para educar, é preciso saber quem é a pessoa humana, conhecer a sua natureza. A progressiva difusão de uma visão relativista desta coloca sérios problemas à educação, sobretudo à educação moral, prejudicando a sua extensão a nível universal. Cedendo a tal relativismo, ficam todos mais pobres." (n. 61)

--Imigrantes:"É certo que os trabalhadores estrangeiros, não obstante as dificuldades relacionadas com a sua integração, prestam com o seu trabalho uma contribuição significativa para o desenvolvimento económico do país de acolhimento. (...) Todo o imigrante é uma pessoa humana e, enquanto tal, possui direitos fundamentais inalienáveis que hão-de ser respeitados por todos em qualquer situação." (n. 62)

--Finanças:"O inteiro sistema financeiro deve ser orientado para dar apoio a um verdadeiro desenvolvimento. Sobretudo, é necessário que não se contraponha o intuito de fazer o bem ao da efectiva capacidade de produzir bens. Os operadores das finanças devem redescobrir o fundamento ético próprio da sua actividade, para não abusarem de instrumentos sofisticados que possam atraiçoar os aforradores." (n. 65)

--Microcrédito:"Também a experiência do micro-financiamento, que mergulha as próprias raízes na reflexão e nas obras dos humanistas civis (penso nomeadamente no nascimento dos montepios), há de ser revigorada e sistematizada, sobretudo nestes tempos em que os problemas financeiros podem tornar-se dramáticos para muitos sectores mais vulneráveis da população, que devem ser tutelados dos riscos de usura ou do desespero." (n. 65)

--Consumidores e associações:"Um papel mais incisivo dos consumidores, desde que não sejam eles próprios manipulados por associações não verdadeiramente representativas, é desejável como factor de democracia económica." (n. 66)

--ONU:"Sente-se imenso a urgência de uma reforma quer da Organização das Nações Unidas quer da arquitectura económica e financeira internacional, para que seja possível uma real concretização do conceito de família de nações." (n. 67)

--Autoridade política mundial:"Para o governo da economia mundial, para sanar as economias atingidas pela crise de modo a prevenir o agravamento da mesma e em consequência maiores desequilíbrios, para realizar um oportuno e integral desarmamento, a segurança alimentar e a paz , para garantir a salvaguarda do ambiente e para regulamentar os fluxos migratórios urge a presença de uma verdadeira Autoridade política mundial." (n. 67)

--Os perigos da tecnologia:"A técnica apresenta-se com uma fisionomia ambígua. Nascida da criatividade humana como instrumento da liberdade da pessoa, pode ser entendida como elemento de liberdade absoluta; aquela liberdade que quer prescindir dos limites que as coisas trazem consigo. O processo de globalização poderia substituir as ideologias com a técnica." (n. 70)

--Meios de comunicação:"Dada a importância fundamental que têm na determinação de alterações no modo de ler e conhecer a realidade e a própria pessoa humana, torna-se necessária uma atenta reflexão sobre e a sua influência principalmente na dimensão ético-cultural da globalização e do desenvolvimento solidário dos povos." (n. 73)

--Bioética:"Hoje, um campo primário e crucial da luta cultural entre o absolutismo da técnica e a responsabilidade moral do homem é o da bioética, onde se joga radicalmente a própria possibilidade de um desenvolvimento humano integral. Trata-se de um âmbito delicadíssimo e decisivo, onde irrompe, com dramática intensidade, a questão fundamental de saber se o homem se produziu por si mesmo ou depende de Deus." (n. 74)

--Novas formas de escravidão:"As novas formas de escravidão da droga e o desespero em que caiem tantas pessoas têm uma explicação não só sociológica e psicológica, mas essencialmente espiritual. O vazio em que a alma se sente abandonada, embora no meio de tantas terapias para o corpo e para o psíquico, gera sofrimento. Não há desenvolvimento pleno nem bem comum universal sem o bem espiritual e moral das pessoas, consideradas na sua totalidade de alma e corpo." (n. 76).

--O desafio cristão:"O desenvolvimento tem necessidade de cristãos com os braços levantados para Deus em atitude de oração, cristãos movidos pela consciência de que o amor cheio de verdade – caritas in veritate –, do qual procede o desenvolvimento autêntico, não o produzimos nós, mas é-nos dado." (n. 79).